sexta-feira, 21 de outubro de 2011

CELULAR NA SALA DE AULA

TEXTO I

Celular na Sala de Aula
O que fazer?

O telefone celular é, certamente, uma das mais celebradas invenções da humanidade. Tornou-se objeto do desejo não apenas no sentido de termos acesso a um aparelho qualquer ou aos serviços a ele relacionados. A constante atualização de seu design e possibilidades técnicas (cada vez mais ampliadas) estimulada por acirrada competição entre empresas poderosas (Nokia, Motorola, Sony Ericsson, LG, Apple...) faz com que as pessoas, no mundo inteiro, troquem de aparelhos com enorme constância.
O uso dos celulares, no entanto, traz não apenas benefícios, mas em alguns casos, gera transtornos e dificuldades. Existe certa “ética” quanto ao uso do celular, que não é explícita, mas oculta e imperceptível, a orientar a maioria das pessoas.
Sabe-se, por exemplo, que em locais públicos, como cinemas ou teatros, é preciso desligar os celulares ou, na melhor das hipóteses, deixá-lo em modo de vibração, para que os demais presentes não sejam incomodados em caso de telefonema. É esperado que as pessoas ajam desta forma, mas nem sempre é o que acontece.
Outra “regra de ouro”, se assim as pudermos chamar, estipula que as pessoas devem utilizar seus celulares sempre de acordo com suas necessidades, sem exageros. Ainda assim, há muitos homens e mulheres que, até mesmo para exibir-se publicamente, ostentam seus modernos aparelhos, realizando o uso indiscriminado da telefonia celular a todo o momento, mesmo naqueles em que não há nenhuma aparente necessidade (ou seja, por motivos totalmente fúteis).
É certo também que existem leis, como aquelas relacionadas ao trânsito, que abertamente condenam o uso de aparelhos celulares pelos condutores de veículos. Estas leis preveem sanções, multas e até mesmo, com o acúmulo de pontos, a perda da carteira de motorista. Mas ande no trânsito em qualquer lugar do Brasil e perceba, ao seu redor, se os motoristas estão minimamente preocupados com sua segurança ou mesmo com as multas que a eles podem ser aplicadas quanto ao uso dos celulares...
O exagero no uso dos telefones celulares, além dos inconvenientes na vida cotidiana, tem ocasionado também problemas invisíveis a “olho nu”, ou seja, que precisariam de microscópios para serem detectados e tratados. Estas dificuldades vão além daquilo que pode ser considerado prejuízo no trânsito, nos cinemas, em locais de trabalho... Refere-se à overdose de informações e de ligação com o mundo (profissional ou pessoal). Tratam-se, portanto, de problemas que estão relacionados a stress, ansiedade, depressão e afins – de fundo psicológico e emocional.
O fato de estarmos “ligados” pelas Tecnologias de Informação e Comunicação, entre as quais temos que incluir os celulares, cada vez mais integrados a todas as redes, não apenas via telefonia, provoca ou estimula problemas psíquicos em todas as faixas etárias, inclusive crianças e adolescentes. É claro que não pode e nem deve ser considerado fator primordial e único para que isto aconteça, mas certamente contribui e reforça sintomas e dificuldades decorrentes de um todo, associado à velocidade e as cobranças cada vez mais acentuadas do mundo em que estamos vivendo.
Nas escolas não é diferente. Há os problemas relacionados à ética quanto ao uso de telefones celulares que, para princípio de conversa, deve começar com os profissionais que atuam nas escolas. Diretores, coordenadores, orientadores, funcionários em geral e, principalmente os professores, devem desligar seus aparelhos quando estiverem trabalhando ou, caso seja muito necessário e acordado com os demais colegas, manter em modo de vibração (silencioso) para que as mensagens e ligações fiquem em arquivo e depois possam ser respondidas.
Em sala de aula, especificamente, o toque de um celular, ainda mais com a variedade de músicas e demais estilos (muitos deles cômicos) pode atrapalhar consideravelmente o andamento das ações previstas pelo professor. Portanto, o exemplo começa com ele e, depois, deve ser combinado com os alunos, seguido das devidas explicações, ou seja, dos motivos que levam a escola (sim, a instituição e não apenas o indivíduo, o profissional) a pedir aos alunos que deixem seus celulares desativados durante o dia de atividades educacionais.
Isto, certamente, inclui a questão do envio de torpedos com mensagens de texto. Esta prática, ainda que silenciosa, tira o foco dos alunos e pode, em muitos momentos, ser utilizada para fins indevidos, como passar respostas em provas ou testes...
Na hora do intervalo, na mudança de professores (período entre uma aula e outra), daí sim é possível que alunos e professores examinem seus celulares para verificar se há mensagens importantes ou telefonemas de retorno necessário. Ainda assim, cabe lembrar que isto não deve se tornar uma “neurose”, ou seja, não devemos nos tornar escravos do aparelho e dos serviços, tendo que a toda hora conferir as mensagens (como já foi detectado, por exemplo, com as pessoas que trabalham muitas horas por dia diante do computador e que se sentem compelidas a ver e-mails, atender comunicadores instantâneos, responder mensagens no Twitter...).
No caso das salas de aula, por outro lado, diferentemente do que se pensa, os celulares não precisam ser vistos apenas como problemas ou dificuldades. Além de canais de comunicação com as famílias e os amigos, ou mesmo entre a escola e os alunos, estes aparelhos podem ainda se tornar elementos de aprendizagem, incluídos em projetos educacionais.
As peculiaridades destes equipamentos, cada vez mais equipados, contando com recursos como câmeras (que fotografam e filmam com boa qualidade de som e imagem), gravadores de áudio, calendários, comunicadores instantâneos (envio de torpedos), calculadoras e tantos outras ferramentas – possibilitam a criação de projetos e ações pedagógicas que não podem e nem devem ser desprezadas.
Entrevistas, criação de banco de imagens, gravação de minidocumentários, elemento de comunicação entre alunos e dos estudantes com os professores, envio de mensagens sobre dúvidas e avaliações, utilização de agendas dos celulares para organização da vida escolar... São algumas das possibilidades de trabalho com o celular em sala de aula. Há inúmeras outras que podem ser pensadas e criadas pelos professores, se transformando em projetos que, com certeza, serão bastante atraentes aos olhos dos alunos!
Neste sentido, chegamos à conclusão de que, ao mesmo tempo em que o celular deve sofrer algumas restrições de uso nas escolas, tanto para permitir um melhor andamento das ações pedagógicas quanto para “desligar” um pouco os alunos do ritmo frenético em que vivemos, é possível tornar este equipamento, tão popular e acessível, igualmente num elemento de trabalho educacional com a criação de projetos que o incluam como ferramenta de pesquisa e produção. Então, que assim seja!

http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1621

TEXTO II

Pais utilizam programas para vigiar filhos na internet e no celular

Psicóloga alerta que ferramenta pode representar quebra de confiança entre pais e filhos, mas em alguns casos, a espionagem pode ser benéfica.

O uso da internet para monitorar os passos dos filhos já provoca um debate acalorado. Alguns pais estão colocando um programa espião no computador dos jovens. Estes pais acham que isso é proteção. Mas não seria invasão de privacidade?
Os programas espiões podem ser comprados ou baixados de graça pela internet e ficam ocultos no computador. Um deles envia por mensagem, todas as informações de quem está usando o equipamento. Manda fotos da tela, minuto a minuto, para o computador do pai.
Foi o que fez Marco Antônio Prado com o filho. “O que ele comentava com os amigos, após festas, conversa com as amigas, namorada. Eu tinha informação, mas eu não passava a ele”, conta representante comercial.
Mas o adolescente com um pouco mais de conhecimento de informática percebe que existe no computador um programa espião, por isso agora ele está sendo instalado fora do computador, no mouse.
Dentro dele há um circuito parecido com o de um telefone celular, com chip e até um microfone escondido. Desta forma, o pai consegue monitorar tudo que o filho faz na internet e até ouvir as conversas dele enquanto usa o computador. 
Já outro dispositivo é capaz de grampear os telefonemas. Os pais instalam um programa no celular do filho e através de um outro aparelho conseguem ouvir as conversas.
“Pode ser feito a escuta do ambiente onde a pessoa está. Pode fazer o rastreamento da pessoa através do GPS”, explica André Cardelli, consultor de segurança. 
Com outros programas, os pais conseguem vigiar os filhos pelo celular, e recuperar as conversas de texto.
Um técnico de informática que não quis se identificar, monitora as filhas pelo computador de casa e não quer que elas descubram. “A preocupação é de outras pessoas que fazem isso com má intenção, iludir ela ou alguma coisa”, explica.
Para a psicóloga Patrícia Piazzon Queiróz, o excesso de invasão na vida dos filhos representa uma quebra de confiança. “Isso para a relação pai e filho é muito ruim, e mesmo pra uma relação do filho com outras pessoas, porque se meu pai traiu minha confiança a esse ponto, outros poderão fazer. Então isso é danoso emocionalmente.
Mas em alguns casos, a espionagem pode ser benéfica. “O meu filho vai mostrando algumas coisas, em relação à droga, uma dificuldade em lidar com algumas pessoas, muito preconceito, então isso já está me mostrando uma outra formação. Nesse caso aí a gente tem que tomar algum cuidado, então quando há alguns desvios, o pai tem que estar atento e saber o que o filho dele está fazendo.


Atividade: Na sua opinião, o celular só traz benefícios à sociedade?
Com base nos textos acima, escreva um artigo de opinião dizendo qual seu ponto de vista sobre o assunto.
Bom trabalho!

Profª Mirian

terça-feira, 4 de outubro de 2011

SOMOS PARENTES DO MACACO?

Os chimpanzés sofrem quando perdem a mãe ou um amigo

Quando Darwin afirmou, no século 19, que somos descendentes de macacos, que temos mais a ver com criaturas peludas e barulhentas com rabos longos e dentes afiados do que com anjos celestes, os vitorianos ficaram ultrajados. Por 3.000 anos, a história que vinha sendo contada era diferente. Seríamos criação de Deus, quase tão perfeitos quanto ele. Não fosse a ousadia de Adão e Eva, estaríamos até agora passeando nus pelo Jardim do Éden, sem sabermos da existência do pecado original.
Muita gente ainda se ofende com a insistência dos cientistas em nos chamarem de macacos evoluídos. Mas deveríamos nos orgulhar de nossos antepassados, que encontraram meios de sobreviver em um ambiente austero e cheio de predadores.
Há 30 milhões de anos, babuínos, chimpanzés e humanos eram indiferenciáveis. Desde então, variações genéticas submetidas à pressão da seleção natural foram criando as diferenças que resultaram nos três primatas. Babuínos mostram uma grande sofisticação social, vivendo em grupos de aproximadamente 150 indivíduos que reúnem em torno de oito famílias.
Pesquisadores como Dorothy Cheney (nenhuma relação com o vice-presidente americano) e Robert Seyfarth, que passam longos períodos nas florestas de Botsuana, verificaram que babuínos, especialmente as fêmeas, desenvolvem fortes alianças familiares, defendendo membros da família em caso de desavenças com outros babuínos ou em ataques de predadores.
Para tal, os primatas desenvolveram meios de identificar seus parentes visualmente e por meio de vocalizações.
Não há dúvida de que o agrupamento dos babuínos exibe traços que podemos identificar na nossa sociedade. Quantas famílias têm um assobio especial que usam quando estão em lugares muito cheios?
Mas nossos parentes mais próximos são os chimpanzés, com quem dividimos 98,4% dos nossos genes. Jane Goodall, a pesquisadora inglesa que revelou ao mundo a sofisticação dos nossos primos, passou anos nas florestas da Tanzânia observando seu comportamento.
Diferentemente dos babuínos, a característica mais marcante dos chimpanzés não é o agrupamento, mas a sofisticação de seu comportamento.
Chimpanzés estão entre os poucos animais que usam ferramentas para efetuar tarefas. Cortam galhos longos para "pescar" formigas e cupins em troncos e cupinzeiros.
Como os babuínos, caçam em grupos e defendem seu território em ferozes guerras tribais. Como os humanos, sofrem quando perdem a mãe, o pai ou um irmão, ou quando um companheiro de longa data morre. Esses achados tornam difícil distinguir se somos um pouco macacos ou se os macacos são um pouco humanos. Certamente, eles nos remetem às nossas origens evolucionárias.
Recentemente, um experimento na Universidade de Kyoto, no Japão, comparou a memória dos chimpanzés com a dos humanos. Seqüências de cinco números de um a nove foram mostradas a estudantes e chimpanzés por frações de segundo na tela de um computador. Após 650 milésimos de segundo, os números do monitor viravam quadrados brancos. O teste envolvia tocar os quadrados em ordem numérica crescente.
Tanto os estudantes quanto o chimpanzé acertaram 80% das vezes. Quando o intervalo baixou para 210 milisegundos, os humanos acertaram 40% das vezes e o chimpanzé 80%. Perdemos para um macaco. "Talvez", disse um dos pesquisadores, "nossa habilidade para contar atrapalhe". No mínimo, o experimento mostra que nossos primos são bem menos distantes do que pensamos.


Texto de Marcelo Gleiser - professor de física
(Artigo publicado na Folha de SP em 25/05/2008)

Atividade:
Com base no texto acima, qual sua opinião sobre a teoria de Darwin? Você acha que o homem pode ser a "evolução" do macaco?

Bom trabalho!

Profª Mirian

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

PESQUISA QUINHENTISMO - 1º ANO A

Queridos alunos,

Não esqueçam da nossa lição de casa.

Pesquisa:  Quinhentismo no Brasil.

a) Definição
b) Contexto sócio-cultural
c) Características
d) Autores e obras

Abraços,

Profª.  Edcléia Xavier


sábado, 1 de outubro de 2011