segunda-feira, 14 de novembro de 2011

SIMULADO SARESP 2011

ATENÇÃO ALUNOS DAS 8ªS SÉRIES!!!!!


Simulado Saresp de Língua Porguesa dia 17/11.


Estudem!


Beijos,


Professora Edcléia

SIMULADO SARESP

Atenção alunos das 8ªs séries!




Dia 17/11  Simulado SARESP de língua portuguesa.


Estudem!


Beijos,


Professora Edcléia

domingo, 6 de novembro de 2011

JOVEM "MULTITAREFA"

O jovem urbano brasileiro é "multitarefa": faz mais que duas coisas ao mesmo tempo, não consegue prestar atenção a nada por mais que alguns segundos e considera a TV, telefone e rádio objetos essenciais em sua vida, substituindo, em parte, a família. Essa foi a conclusão da pesquisa que o canal de música MTV apresentou hoje ao mercado publicitário. Foram entrevistadas cerca de duas mil pessoas da classe A,B e C, de 12 a 30 anos, de oito cidades de médio e grande porte do País.

Os dados apresentados mostram que a nova geração, nascida durante a consolidação do parque industrial brasileiro, lida muito mais confortavelmente com as novas tecnologias que seus pais: 99% dos jovens assistem à TV e usam o telefone regularmente; 98% ouvem rádio com freqüência (mais da metade usa walkman); 80% lêem jornais (embora a grande maioria admita que só lê o que lhe interessa) e uma parcela menor (34%) acessa a Internet, que é vista com um pouco de impaciência por conta da lentidão de acesso.

O conforto com a mídia é tanto que estudar enquanto escuta rádio ou ler revistas com a TV ligada é um comportamento absolutamente normal, mesmo que preocupe seus pais. A maior parte dos jovens da pesquisa consideram o aparelho de TV ligado uma companhia quando estão sozinhos.

A atenção é retida apenas por poucos instantes a ponto do conceito de "zapping" (troca busca de canais de TV ocasionada pelo controle remoto) ser levado a uma nova dimensão: eles "zapeiam" entre pais e amigos, casa e escola, TV e rádio, telefone e Internet, de três maneiras diferentes: sucessivamente, alternando entre meios de comunicação ou prestando atenção em várias fontes de informação ao mesmo tempo. Dois terços dos entrevistados admitiram fazer mais de duas atividades ao mesmo tempo.

O espaço familiar tem sido mais desvalorizado em função desse gosto adolescente por informações: 63% dos entrevistados preferem ver TV em seus quartos do que na sala, com os pais, porque querem mais ficar com o controle do que propriamente assistir. Mesmo entre os que assistem na sala, a maioria admite que a negociação com o resto da família sobre o que ver é complicada. A família reunida diante da TV é, definitivamente, um hábito do passado neste universo pesquisado.

A propaganda é vista como fonte de informação e o cinema valorizado como um momento de "descanso" do bombardeio de informações a que estão constantemente submetidos. No entanto, os adolescentes (até 20 anos) não se sentem estressados com isso ao contrário da parcela mais velha (até 30 anos), que valoriza seus momentos de ócio.

André Mantovani, diretor geral da MTV, disse que a pesquisa indica o que os jovens estão buscando nos meios de comunicação: "Eles buscam um espaço de conversa que não estão encontrando em casa, com a família."
(Natasha Madov. O Estado de São Paulo, São Paulo, 26/10/200, p.A12.)

INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA


Durante debate ocorrido no mês de Novembro/2000, em uma Universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque (PT), foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Segundo Cristovam, foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como o ponto de partida para a sua resposta:
        "De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a   internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Como humanista, sentindo e risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade. Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado.
          Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou
de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.
         Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveriam  pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida.
        Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa."
(*) Cristóvam Buarque foi governador do Distrito Federal (PT) e reitor da Universidade de Brasília (UnB), nos anos 90. É palestrante e humanista respeitado mundialmente.


ATIVIDADE:

Com base na leitura do texto acima, responda as questões que foram propostas.

Bom trabalho!

Profª Mirian

OBS.: Quem gostou do texto poderá deixar seu comentário aqui no blog!

AQUILO POR QUE VIVI

      Três paixões, simples, mas irresistivelmente fortes, governaram-me a vida: o anseio de amor, a busca do conhecimento e a dolorosa piedade pelo sofrimento da humanidade. Tais paixões, como grandes vendavais, impeliram-me para aqui e acolá, em curso, instável, por sobre o profundo oceano de angústia, chegando às raias do desespero.
      Busquei, primeiro, o amor, porque ele produz êxtase – um êxtase tão grande que, não raro, eu sacrificava todo o resto da minha vida por umas poucas horas dessa alegria. Ambicionava-o, ainda, porque o amor nos liberta da solidão – essa solidão terrível através da qual nossa trêmula percepção observa, além dos limites do mundo, esse abismo frio e exânime. Busquei-o, finalmente, porque vi na união do amor, numa miniatura mística, algo que prefigurava a visão que os santos e os poetas imaginavam. Eis o que busquei e, embora isso possa parecer demasiado bom para a vida humana, foi isso que – afinal – encontrei.
      Com paixão igual, busquei o conhecimento. Eu queria compreender o coração dos homens. Gostaria de saber por que cintilam as estrelas. E procurei apreender a força pitagórica pela qual o número permanece acima do fluxo dos acontecimentos. Um pouco disto, mas não muito, eu o consegui.
      Amor e conhecimento, até ao ponto em que são possíveis, conduzem para o alto, rumo ao céu. Mas a piedade sempre me trazia de volta à terra. Ecos de gritos de dor ecoavam em meu coração. Crianças famintas, vítimas torturadas por opressores, velhos desvalidos a construir um fardo para seus filhos, e todo o mundo de solidão, pobreza e sofrimentos, convertem numa irrisão o que deveria ser a vida humana. Anseio por avaliar o mal, mas não posso, e também sofro.
      Eis o que tem sido a minha vida. Tenho-a considerado digna de ser vivida e, de bom grado, tornaria a vivê-la, se me fosse dada tal oportunidade.

      (Bertrand Russel, Autobiografia. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1967.)

Atividade:

Com base na leitura do texto acima, responda as 6 questões propostas no caderno.

Bom trabalho!

Profª Mirian

Obs.: Quem gostou do texto poderá  deixar seu comentário aqui blog!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

TUMITINHAS, VIRUNDUNS E OUTROS TROPEÇOS AUDITIVOS

O amor de Tumitinha era pouco e se acabou

Você também deve ter alguma palavra que aprendeu na infância, achava que tinha um certo significado e aquilo ficou impregnado na sua cabeça para sempre. Só anos depois veio a descobrir que a palavra não era bem aquela e nem significava aquilo. Um exemplo clássico é a frase (que eu já comentei aqui) HOJE É DOMINGO, PÉ DE CACHIMBO. Na verdade não é Pé de Cachimbo, mas sim PEDE (do verbo pedir) cachimbo. Ou seja, pede paz, tranquilidade, moleza, pede uma cervejinha. E a gente sempre a imaginar um pé de cachimbo no quintal, todo florido, com cachimbos pendurados, soltando fumaça. E, assim, existem várias palavras. Por exemplo:

Álibi - Quando eu era garoto, tarado por filmes de bandido e mocinho e gibis, semprei achei que ÁLIBI era o amigo do Mocinho. Claro, o Mocinho sempre tinha um Álibi e o bandido não. O Álibi, nos filmes, geralmente, era um velhinho. Mas resolvia.

Atalibálago - Essa é do escritor Fernando Moraes. Quando era garoto em Minas, viu um anúncio de um candidato a deputado: Atalibálago. Adorou o nome, chegou a comentar com o pai e nunca esqueceu a esquisitice. Só anos mais tarde, veio a descobrir que, na verdade, o deputado que um dia acabou se elegendo, se chamava, na verdade, Ataliba Lago.

Garagê - Assim, com circunflexo no e. Devia ser algum bairro do Rio de Janeiro, porque sempre passavam ônibus com esse destino. Mas na verdade, estavam indo para a garage. Esse bairro devia ser perto de outro muito concorrido, o Récolhe.

Margarida - Esta está na peça Apareceu a Margarida, do Roberto Athayde. A personagem (magistralmente interpretada por Marília Pera e dirigida por Aderbal Freire-Filho) achava que o Hino Nacional tinha sido feito para sacanear ela: "Do que a terra... Margarida"...

Nabudonosor - Eu sempre achei que o babilônico Nabuco fosse de um país chamado Nosor. Era Nabuco do Nosor. Achava que devia ser na África, perto do Quênia, por ali. Hoje já sei que Nabuco é um bar na Villaboim.

Seu Penhor - O poeta Sergio Antunes me confessou outro dia que ele achava que o Seu Penhor (desta igualdade) fosse o ranzinza antigazeteiro do nosso grupo escolar, em Lins.

Sulfechando - Meu primo Hugo Prata um dia perguntou ao pai dele o que significava o verbo Sulfechar. O pai alegou que esse verbo não existia e teve que provar com dicionário e tudo. Como o garoto insistia em conjugar o verbo, o pai lhe perguntou onde ele tinha ouvido tal disparate. E ele disse e cantarolou aquela música do Tom Jobim: "são as águas de mar sulfechando o verão"...

Tumitinha - Todo mundo conhece a música Ciranda-Cirandinha. Uma amiga minha me confessou que durante anos e anos, entendia um verso completamente diferente. Quando a letra fala "o amor que tu me tinha era pouco e se acabou", ela achava que era "o amor de Tumitinha era pouco e se acabou". Tumitinha era um menino, coitado. Ficava com dó do Tumitinha toda vez que cantava a música, porque o amor dele tinha se acabado. E mais, achava que o Tumitinha era um japonesinho. Devia se chamar, na verdade, Tumita. Quando ela descobriu que o Tumitinha não existia, sofreu muito. Faz análise até hoje.

Ventre Jesus - Aprendi a rezar a Ave-Maria ainda analfabeto, com três ou quatro anos. E sempre achei que Ventre Jesus era o nome do Homem, quando dizia "do vosso Ventre Jesus". Aliás, achava um belo nome para Deus.

Virundum - O Henfil, só depois de grandinho foi que descobriu que o Hino Nacional na se chamava Virundum.

Atividade

Responda as questões abaixo:

1)      Como se poderia explicar o fato explicar o fato de a amiga do cronista entender o verso “o amor que tu me tinhas era pouco e se acabou” como  “o amor de Tumitinha era pouco e se acabou”?

2)      Segundo o autor, o cartunista brasileiro Henfil, durante muito tempo, achou que o nome do Hino Nacional era “Virundum”. O que teria motivado essa hipótese sobre o título do hino?